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Serendipity.

Finding something good without having to look for it.

De repente você faz o que jamais considerou que faria, num repente a situação que está é diferente de todas as hipóteses que já ponderou, sem aviso e sem hesitação você se coloca onde ainda não tinha se visto, se amarra, se desampara, se joga e não se nega. Afinal de contas, a importância não está mais no que faz e onde o faz, mas na presença daquela que está ao seu lado, que você quer que esteja, que você não deixa deixar de estar contigo. Ela não tem dono, não tem barreira, não tem limite, tem experiência, vivência, sabedoria, você só quer que ela o tenha, que ela se componha em suas entranhas e faça moradia em seu corpo desajeitado mas receptivo, quer que ela o acompanhe sabe-se lá para onde, mas não quer nem pensar que se ausente de “nós” e do que seja “nosso” que encantadoramente nos foi apresentado. (20/02/2014)

Todo llega cuando debe llegar.

Eu gosto do seu sorriso, não só pela beleza dele em si, mas por estar sorrindo e pelo que a levou a isso. Gosto de como o seu cabelo parece se comunicar com o resto de ti, de como suas roupas são fiéis a você assim como é com seu interior, gosto de como seus olhos não deixam de me convidar mesmo quando o resto é receio com hesitação. Gosto das suas músicas tocando repetitivamente por ser da sua cantora favorita, é real e isso basta, são gostos e não quero que os mude. Gosto de como não se mascara mas permanece misteriosa, gosto de como é envolvente, de como sua voz me embala, gosto da sua unicidade, gosto da sua sabedoria com experiência, gosto da sua força, do seu gênio, do seu jeitão. Gosto das loucuras, das decisões, das suas metas, dos seus planos, do seu comportamento, de como não se pausa se for para expressar alguma certeza, gosto da grosseria porque é chato quem se mede e fica moldado, gosto do seu pé no chão, gosto de como acredita ser tão mais velha do que eu pelo que não se permite, o que te dá um ar reverso ao que pretende, enquanto tenta remar contra a maré, eu não me afogo paralela a ela, mas ambas mergulham. Gosto de te observar e imaginar que não preciso me preocupar com o dia que não vai estar ali sem poder ser vista. Gosto da sua pele com seu cheiro, gosto do frio que invade, aquece, e revira minhas tripas com seu toque e sua presença. Gosto de te enxergar e sentir que há muito mais a ser visto. Gosto de que esteja ao alcance dos meus dedos mas ainda assim parecer que preciso ir muito mais longe para te manter sem estar distante de fato. Gosto do inesperado nas suas reações, de como não sei o que vai fazer mas peço para que o faça junto de mim. Gosto de como imagina que eu seja tão nova e ingênua mas não chega a considerar que eu teria esperado outros 18 ou mais anos para que você mesma chegasse, enfim, e que sua espera foi maior do que a minha, mas dei um basta nela. Gosto dos seus hábitos, desde que saudáveis, eles te deixam mais composta. Gosto da sua praticidade, gosto da confusão por te humanizar mais. Gosto do cheiro da sua comida, me abre o apetite por já conhecer o gosto, mas também faz com que eu crie cenas de quantas outras vezes vou senti-lo. Gosto de supor que eu ainda venha a conhece-la e que o que eu conheço, por mais encantador que seja, não passou de um prenúncio para a minha completa entrega. Gosto do que te torna quem é, gosto como é, e não há o que eu possa gostar mais do que ser um alguém contigo e fazer parte do que você já o é. Gosto de pensar que já era amor antes de ser. Gosto da ansiedade pelo que está por vir desde que me assegure que a nossa evolução é mutua e partilhada. Gosto de pensar que posso ser auxílio. Gosto até que o meu sentir seja tão intenso de modo que eu não possa descreve-lo, mas que me permita a demonstra-lo. Gosto da ideia de que por mais que tenha vivido e presenciado, nada foi comigo e que o melhor está por vir, eu cheguei. (20/02 as 03h05 madrugada de 21/02)

Simples sem ser fácil.

Elegi seu perfume o cheiro mais cheiroso desde que esteja em você.
Vi nos seus olhos uma luz como guia.
Com suas mãos enxergo meu caminho.
Em ti não tenho apenas abrigo, de ti nada tenho, apenas a faço do que sinto, mas não escolho senti-lo.
Eu já não sei o que faço. Sei bem o que sinto, e até por isso menos sei do que faço, menos sentido tenho e menos me basto.