Sem me convencer de minhas medidas, também desconhecida minhas proporções, a profusão é tamanha que desconcerta, me erra, me arremessa no tumulto, me perco sem ações. Fico adiando o que for, quando digo não é por inteiro, me jogo e me encolho, para, PARA, PA-RA, eu sou esse trambolho.
Sem ser a mais magra, ou sequer magra, sei lá como sou, tenho o corpo desenhado (de estrias), tenho curvas (dos furos das celulites) e não sei admitir como verdadeiramente é porque não confio na (minha) própria realidade ou, verdadeiramente, sem saber qual é a real.
Eu tenho facilidade com o curso da faculdade, há entidade que diz ser um dom que carrego, mas frequência continua sendo (assim como qualquer outra rotina) a oitava cabeça da monstruosidade diária, sem dedicação, sem esforço, o resto não é desigual, eu não me igualo, também não me destaco, ainda não sei ser oca e nem pouca.
Quando longe daqueles que quero o afago, me imagino em seus braços, distribuindo abraços, ao revê-los, passo reto, sem demora me afasto.
Necessidade, me mostra a de qual que é, pra ver se assim, quem sabe, eu me pontuo, me alinho, me desentranho, desarquivo, priorizo. Quem sabe eu dou conta de ser sem pudor, graça ou cor, nem branca ou amarelada, sem limite, desvairada. Se deixar, não paro, se não deixar, não paro, se eu quiser, não sei o que querer, sei pedir, sei ficar sem ter, não sei correr mas, aos tropeços, me prontifico, me disponho, não me intimido, avanço, acho abrigo, me aninho, me encontro (no nosso achado) num esbarrão, entro de antemão, enfim faço morada, num abismo, sua casa, caio e, afinal, estou salva.
Sem salvação, cada dia um leão, mas é o seu ar escorpiano que me enche o pulmão, lufada por lufada, ritmada, entrelaçamos as mãos, mas o que segura ali é a nossa união, ainda além, não só de corpo, não só de coração, não “só”, nós, não mais sós, então, sem ter descrição, só a nossa continuação e o resto é resto, então.